Sem Óleo de Palma


Do fruto da palmeira pode-se extrair dois tipos diferentes de óleos: da polpa se extrai o Óleo de Palma e da amêndoa se extrai o Óleo de Palmiste. Devido ao seu baixo custo, é dos óleos vegetais mais usados no mundo e está presente em muitos alimentos, cosméticos, produtos de higiene, etc. Uma vez que a legislação não obriga o fabricante a indicar o tipo de óleo vegetal utilizado, este aparece frequentemente identificado como “óleo vegetal”.

A sua alta rentabilidade está a promover a destruição das florestas tropicais, com regimes de trabalho muitas vezes próximos da escravatura incluindo o trabalho infantil, os trabalhadores usando o fogo e grandes incêndios para desmatar a floresta e originando picos de emissões de gases de efeito de estufa e promovendo o aquecimento global.

Milhões de hectares (imagine milhões de estádios de futebol) de floresta tropical na Indonésia, Malásia, Peru e Colômbia (Floresta da Amazónia) foram convertidos em plantações de palma causando a morte de muitas espécies de animais, e os que sobreviveram perderam e continuam a perder os seus habitats, chegando até ao ponto de haver um grave perigo de extinção, nomeadamente para os orangotangos, elefantes, rinocerontes e tigres.

Para além dos graves prejuízos causados ao Meio Ambiente, um estudo realizado pela Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos concluiu que o consumo de óleo vegetal refinado (sobretudo o óleo de palma) pode aumentar o risco de vir a ter cancro.

O óleo de palma quando refinado a temperaturas superiores a 200 graus Celsius forma ésteres glicidílicos de ácidos gordos (contaminantes formados durante o refinamento) que são cancerígenos e genotóxicos. O óleo de palma pode ser processado a temperaturas menores, no entanto, isso acarta um custo acrescido de cerca de 20% e um atraso na produção, algo a que nem todas as empresas estão dispostas.